A Massagem Sueca deriva das antigas formas de massagem aplicadas na Grécia, tendo sido sobretudo no início do séc. XIX que esta técnica voltou às "luzes da ribalta", tornando-se popular na Europa através do desenvolvimento dado pelo ginasta sueco Per Henrik Ling que aliou os seus conhecimentos de ginástica à prática da massagem aprendida na China, criando assim a técnica que ficou conhecida por Massagem Sueca, porém em muitos países da Europa bem como alguns da América do Norte e Sul ficou também conhecida como massagem clássica.
A Massagem Sueca consiste em fazer pressão, sempre no sentido do fluxo sanguíneo, em diferentes pontos do corpo. Recorre-se também a técnicas de fricção para melhorar o retorno do sangue ao coração. Neste tipo de massagem costuma ser usual a aplicação de determinados óleos de massagem ou pó de talco, para reduzir a sensação de fricção. Os efeitos da massagem clássica podem ser divididos em: circulatórios, neuromusculares, metabólicos e reflexos.
Os Efeitos
Os Efeitos
Os Efeitos Circulatórios:
Na circulação sanguínea localizada há o deslocamento intermitente do liquido nos vasos, aumento da velocidade do fluxo e da troca de substâncias com as células tissulares. Como efeito secundário, há o aumento da irrigação periférica, da concentração de eritrócitos e da excreção renal da água. Estes efeitos são parcialmente reflexos e devidos à libertação de histamina e acetilcolina nos tecidos. A massagem profunda produz aumento na circulação sanguínea, no membro contra lateral não tratado. Na circulação sanguínea ocorre também o chamado efeito reflexo, verificado no deslizamento, proporcionando uma vasodilatação capilar por desencadeamento dos mecanismos vasorreflexos que intensificam a circulação, melhorando as condições de trocas iônicas nos tecidos e por acção nervosa, produzindo um efeito sedativo e estimulações sensoriais, que promovem uma reflexa mediana pela medula espinhal, e também aumenta transitoriamente o fluxo superficial de sangue.
Os Efeitos Neuromusculares:
As manobras da massagem clássica apresentam efeitos benéficos pós-exercícios por aumentar a circulação com eliminação mais rápida de substâncias residuais, melhoram a nutrição das miofibrilhas e eliminam o líquido extracelular, possibilitando um aumento na excitabilidade e contabilidade.
Bell defende o repouso intercalado com a massagem, ao invés do repouso isolado para o alívio da fadiga muscular. Segundo os pesquisadores Kellog e Despard, a massagem produz um aumento do músculo, tornando-o mais firme e elástico. Entretanto Mennel não concorda que a massagem aumente a força muscular e salienta que a massagem não é substituto do exercício. A massagem não aumenta a força e nem o tónus muscular. A força desenvolve-se nos músculos que estão a se contrair activamente, preferivelmente contra a resistência. Outro efeito da massagem que gera controvérsia é a acção que este recurso promove na recuperação da musculatura após actividade física. Muitos autores acreditam na efectividade dessa modalidade terapêutica após uma actividade física intensa, promovendo uma recuperação muscular mais rápida, além da diminuição da dor. Estes estudiosos acreditam que existe poucas evidencias que sustentam essa tese. Contudo, além da explicação fisiológica do alivio da dor via massagem, o efeito psicológico desencadeado pelo toque, além do efeito relaxante associado, tem grande influencia nesse processo.
Os Efeitos Metabólicos:
A massagem não aumenta o consumo de oxigênio e nem causa a produção de acido láctico. Relatam que a massagem abdominal causa diurese. Esta diurese é acompanhada por elevada excreção de nitrogênio, fósforo inorgânico e cloreto de sódio. Estudos clínicos realizados por Kalb e Wright em pacientes obesos, revelaram que a massagem não tem efeito sobre a obesidade generalizada ou depósitos de gordura, sendo ineficaz para a redução de peso. Também não se encontra fundamentação científica para as chamadas “massagens modeladoras”, às quais se atribui um deslocamento de tecido gorduroso para determinadas regiões.
Efeitos Reflexos:
Os efeitos reflexos podem ser explicados pelas acções da massagem nos sistemas nervosos central, autónomo e periférico. As respostas encontradas foram: aumento na actividade simpática, aumento da pressão sanguínea sistólica, da freqüência cardíaca, da actividade de glândulas sudoríparas, da temperatura periférica da pele, da temperatura corporal e diminuição da frequência respiratória.
O método baseia-se na premissa da existência de zonas reflexas na pele, que quando comprometidas, refletem alterações decorrentes de vários órgãos viscerais, e a sua manipulação pode interferir nesse processo.
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